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Econews - 05/07 a 09/07/2021

 

UFMG desenvolve programa capaz de identificar barragens irregulares

[07/07/2021]

Pesquisadores da Universidade Federal de Minas Gerais - UFMG criaram um programa de computador capaz de identificar barragens de minério em grandes extensões territoriais dentro de poucas horas.

O Software, baseado em Inteligência Artificial, usa imagens de satélite para encontrar as estruturas. A ferramenta foi criada a pedido do Tribunal de Contas da União, com o objetivo de ajudar os órgãos de fiscalização a encontrar barramentos irregulares e evitar tragédias.

Após MP identificar 14 'barragens-fantasma', Justiça determina que Vale declare quantas estruturas possui em Minas Gerais.

Os rompimentos de barragens da Vale e da Samarco, por exemplo, deixaram cerca de 300 mortos, poluíram o Meio Ambiente e geraram inúmeros impactos econômicos e sociais.

Depois desses dois episódios, os órgãos fiscalizadores identificaram estruturas não registradas ou em risco de ruptura, principalmente em Minas Gerais.

O programa poderá ser usado pelas autoridades para atuar contra esse tipo de conduta. Os pesquisadores usaram imagens de satélite da Agência Espacial Europeia, e da ANA, Agência Nacional das Águas, para ensinar o software a diferenciar barragens de minério e de água.

Dessa forma, a ferramenta é capaz de fazer uma varredura nas imagens do território de toda Minas Gerais, por exemplo, dentro de 2 horas.

O coordenador do projeto e professor do Departamento de Ciência da Computação da UFMG, Jefferson Santos explica que o programa usa inteligência artificial.

“Nós fornecemos para a máquina alguns exemplos do que é uma barragem de minério, assim como eu ensinaria uma pessoa a identificar isso na imagem. E a gente também fornece alguns exemplos do que não é uma barragem, então a máquina consegue discernir, a partir de certo ponto, o que é uma barragem de rejeito e o que não é” detalhou o pesquisador.

O programa criado pela UFMG já foi disponibilizado para o TCU. Entretanto, a ferramenta ainda não foi incorporada na rotina de trabalho do órgão.

O desenvolvimento do Software foi financiado pela Organização Latino-Americana e do Caribe de Entidades Fiscalizadoras Superiores. A instituição investiu US$ 18 mil na iniciativa, que começou há um ano.

A próxima fase do projeto agora deve ser treinar o software para encontrar áreas de garimpo ilegal.

Fonte: G1